Mulher é Detida Após Chamar Técnico de Futebol de “Macaco” em Goiás

Abidan Ermalin
Abidan Ermalin

Uma mulher foi presa em Goiás após chamar um técnico de futebol de “macaco” durante uma partida. O incidente ocorreu em um jogo do Campeonato Goiano, entre o Goiânia e o Anápolis, na última sexta-feira (3). A ofensa racial gerou revolta nas redes sociais e repercutiu no meio esportivo, com a vítima, o técnico do Anápolis, cobrando punição.

A agressão verbal foi registrada por câmeras de segurança do estádio e rapidamente se espalhou nas redes sociais. Em um vídeo, a mulher, que estava nas arquibancadas, é ouvida proferindo a ofensa racial contra o técnico do Anápolis, Eduardo Souza, durante o jogo. O treinador, visivelmente irritado, foi um dos primeiros a reagir ao ataque, destacando a gravidade da situação.

Após o episódio, a Polícia Militar foi chamada ao estádio. A mulher foi identificada e presa em flagrante por injúria racial, crime previsto no artigo 140, §3º, do Código Penal Brasileiro. A prisão aconteceu dentro da arena, antes do término da partida. A polícia agiu rapidamente, encaminhando a acusada para a Delegacia de Polícia Civil de Goiânia.

O incidente gerou uma onda de solidariedade ao técnico, com várias autoridades e personalidades do esporte se manifestando contra o ato racista. O presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, também se posicionou, enfatizando a necessidade de combate a todo tipo de discriminação no esporte.

O técnico Eduardo Souza, visivelmente emocionado, afirmou que o episódio foi lamentável, mas também destacou a importância de lutar contra o racismo em todas as suas formas. “O futebol é um reflexo da sociedade, e atitudes como essa não podem ser toleradas”, disse Souza em entrevista.

A mulher detida ainda será ouvida pelas autoridades e deve passar por audiência de custódia. Caso seja condenada, poderá pegar uma pena de reclusão de um a três anos, além de multa. O caso gerou um debate sobre as medidas necessárias para combater o racismo no esporte, especialmente nos estádios.

O episódio reforça a necessidade de políticas mais rigorosas contra a discriminação racial no Brasil, com clubes e entidades esportivas intensificando a educação e as punições para quem se envolver em atos preconceituosos. As redes sociais também têm sido uma ferramenta importante para dar visibilidade e repúdio a esse tipo de atitude.

Por fim, a ocorrência serve como um alerta sobre a urgência de mudanças culturais no país. O racismo ainda é uma realidade nas arquibancadas, e somente com ações concretas e comprometidas será possível combater de forma eficaz esse tipo de agressão. A prisão da mulher é um passo, mas a luta continua.

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