Antes de fechar uma sociedade, é preciso construir um elo de confiança. Infelizmente, mesmo após anos de contato, contratos firmados e uma união estreita, as fraudes podem mesmo assim acontecer. Foi o caso vivido pelo empresário português, cujo a identidade segue protegida para evitar mais danos, mas que após firmar sociedade com os brasileiros Maurício Mendes Dutra e Angelo Márcio Calixto Bonamigo, o prejuízo foi de quase dois milhões de euros. Entenda o caso:
O que aconteceu entre as empresas
Uma parceria teria ocorrido entre a empresa portuguesa com as empresas Limex e Calixto Food, negócios brasileiros. Sob o intuito de ambos os proprietários se beneficiarem com uma comercialização expansiva da mercadoria de amendoim, o contrato foi firmado em 2022. No entanto, a parceria começou a declinar após a empresa portuguesa ser vítima de sucessivos golpes da outra parte da sociedade.
As fraudes
Uma das principais fraudes que permearam a parceria entre as empresas foi a realização do pagamento antecipado por parte de Portugal para receber uma quantidade de mercadoria, à empresa Limex, responsável pela entrega dos produtos comercializados. Contudo, a quantidade de mercadoria acordada não teria sido entregue em sua totalidade, o que ocasionou prejuízos indiretos à empresa portuguesa, além de lucros cessantes.

Acredita-se que a empresa encarregada da entrega de produtos agiu de má-fé, fazendo o uso indevido do dinheiro enviado pelo sócio. Os recursos financeiros destinados à aquisição de mercadoria teriam sido utilizados para outros fins, como o pagamento de diferentes viagens de Mauricio Mendes Dutra, dono da Limex.
Ainda, na parceria na qual a empresa Calixto food, de Angelo Márcio Calixto Bonamigo, participava, estava combinado que a empresa européia seria responsável por financiar a aquisição de matéria-prima e arcar com os custos de transporte do produto final. Em contrapartida, a Calixto enviaria o produto, óleo de amendoim e amendoim, para o cliente final, localizado na China.
A empresa portuguesa também arcou com os custos de passagens da ida a SIAL, que teria o intuito de expandir a parceria para a Europa. Em paralelo, a vítima também arcou com os custos da viagem de Mauricio Mendes Dutra, dono da Limex, à Londres, para a realização de um meeting profissional. Esses financiamentos de viagem ascenderam a 20.000 euros.

O retorno de todo investimento
Infelizmente, a empresa portuguesa não obteve o retorno esperado da parceria com Mauricio Mendes Dutra e Angelo Márcio Calixto Bonamigo, visto que em novembro de 2022 foi percebida a utilização do financiamento voltado para o envio de mercadoria para outros fins que nada estavam ligados ao objetivo original acordado. Após inúmeras desculpas que não justificaram a falta de comprometimento das empresas brasileiras, o envio das mercadorias combinadas cessaram e assim se fez o golpe.
O empresário português ainda espera pelo pagamento pendente de quotas da sociedade comercial Incaplastec, por parte do Srs. Mauricio Mendes Dutra e Angelo Márcio Calixto Bonamigo. E nós seguimos acompanhando o desenrolar dos processos.