Inteligência Artificial Revoluciona Segurança em Presídios Brasileiros

Abidan Ermalin
Abidan Ermalin

O sistema penitenciário brasileiro enfrenta um desafio crescente: a superlotação. Com 826.740 pessoas no sistema, das quais 642.638 estão em unidades prisionais, o Brasil lidera a lista na América Latina, seguida por México, Argentina, Colômbia e Peru. Essa situação complexa exige soluções inovadoras para garantir a segurança e a eficiência operacional nas prisões.

Para fazer face a esses desafios, a adoção de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial (IA) e sistemas de segurança por vídeo, tem se mostrado essencial. Essas tecnologias permitem a criação de um ecossistema integrado, onde informações de múltiplas fontes, como voz e vídeo, são centralizadas, aumentando a proteção das instalações e a eficiência das equipes de segurança.

Os rádios, tradicionalmente usados ​​por sua segurança criptografada, agora são complementados por câmeras de alta resolução e software de análise de vídeo. Essas ferramentas transformam as operações prisionais, permitindo uma vigilância mais eficaz e a identificação de atividades suspeitas, mesmo em condições de baixa iluminação.

A cidade de Manaus, por exemplo, tem se beneficiado dessas inovações. Antes, a polícia penal examinará continuamente várias telas. Agora, com a tecnologia de segurança aprimorada, os agentes têm uma visão abrangente e podem responder rapidamente a incidentes, aumentando a eficácia das operações.

Um software avançado de centro de comando atua como um hub central, unificando informações e permitindo que os agentes visualizem câmeras, administrem rádios e coordenem operações de forma orquestrada. A integração com IA e análises automatiza ações, reduzindo o tempo de resposta e minimizando erros, essenciais em situações onde cada segundo conta.

Além disso, a integração com serviços de georreferenciamento e GPS permite o monitoramento em tempo real de viagens, aumentando a segurança das patrulhas. As imagens gravadas são armazenadas em nuvem, protegidas por segurança cibernética, e podem servir como evidências, acessíveis apenas com autorização judicial.

Os sistemas de rádio também podem ser integrados a outros dispositivos de segurança, como alarmes e sensores, proporcionando uma resposta abrangente a eventos suspeitos. Essa comunicação constante entre funcionários melhora a gestão de recursos e a resposta a crises, tornando as unidades prisionais mais seguras.

A implementação dessas tecnologias não só melhora a segurança dentro das prisões, mas também contribui para a segurança pública em geral, alinhando-se ao conceito de Cidades Inteligentes, onde a segurança é uma prioridade. Assim, a modernização tecnológica se torna um pilar fundamental para garantir a segurança e o bem-estar de todos.

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